domingo, 23 de março de 2008

fichamento:Educação e cibercultura

Assunto: Cibercultura
Autor: Levy,Pierre
Título: Educação e cibercultura
WWW.sescsp.org.br/sesc/conferencias_new/subindex
Se é verdade que tudo no mundo pode ser explicado e interpretado pelas Sagradas Escrituras(o Verbo), e se também é verdade que existe uma Bíblia para cada leitor da Bíblia e sua infinidade de sentidos, então Pierre Levy define bem o ciberespaço quando fala em ‘região dos mundos virtuais’.A tradução do termo Bereshit (Gênesis) do hebraico seria “num princípio’, (e não ‘no princípio’), pressupondo ,há muito ,a possibilidade de novos inícios, novas verdades e outros mundos a serem (re)criados.
Segundo Levy,a cibercultura vale-se do ciberespaço - suporte de tecnologias intelectuais que ampliam,exteriorizam e alteram muitas funções cognitivas humanas - devido à velocidade do surgimento e da renovação dos saberes e do know-how. Memória, imaginação (simulação), percepção e raciocínios seriam algumas das funções cognitivas acima mencionadas.
“O que a cibercultura está inegavelmente propiciando é a transição entre uma educação e formação estritamente institucionalizada e uma situação de intercambio generalizado dos saberes, de ensino da sociedade por ela mesma, de conhecimento auto-gerido, móvel e contextual das competências”. Ou seja, o saber-fluxo, o saber- transação de conhecimentos e as novas tecnologias de inteligência individual e coletiva estão modificando as percepções do problema da educação e formação.
Com estas modificações, Levy crê que duas grandes reformas serão necessárias no sistema de educação e formação.Uma seria a adaptação dos dispositivos e do espírito do aprendizado aberto e à distancia (AAD) no cotidiano e no ordinário da educação.Neste caso, o docente passaria a ser mais um animador da inteligência coletiva e de seus grupos de alunos, ao invés de difusor direto de conhecimentos.
A outra reforma diz respeito aos sistemas de ensino públicos que podem, ao menos, dar-se por nova missão a de orientar os percursos individuais no saber e contribuir para o reconhecimento do conjunto de know-how e saberes ,incluindo os não acadêmicos.
O autor comenta sobre o ‘segundo dilúvio’ ao referir-se ao dilúvio de informações, hoje ,teoricamente, acessível a todos e conclui que, na atualidade, o conhecimento passou definitivamente para o lado do indomável.Levy também se questiona, além do ‘como?’ e ‘segundo que critérios? , sobre o ‘quem?’ e conclui que, no ciberespaço, está vez mais evidente que o conhecimento expressa uma população.
Como as informações até aqui apresentadas relacionam-se com a educação?Tendo em vista o aumento da demanda por formação (mais e melhor) Levy acredita na necessidade de diversificação e personalização que o ciberespaço permite.
Universidade de São Paulo
Karen Kipnis
Infoeducação

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