domingo, 30 de março de 2008

Resenha do artigo O adolescente como protagonista, de Antonio Carlos Gomes Costa

Boa noite!
Como passei pelo teste da postagem em conexão discada domingo a noite, vamos ao próximo texto:

COSTA, Antônio Carlos Gomes da. O adolescente como protagonista.

O autor inicia com a etmologia do termo protagonismo: proto, que significa o primeiro, principal e agon, que significa luta (É a mesma raiz do termo agonia, a última luta antes da morte). Protagonista quer dizer então, lutador principal, personagem principal, ator principal.

Segundo COSTA, "uma ação é dita protagônica quando, na sua execução, o educando é o ator principal no processo de seu desenvolvimento. Por meio desse tipo de ação, o adolescente adquire e amplia seu repertório interativo, aumentando assim sua capacidade de interferir de forma ativa e construtiva em seu contexto escolar e sócio-comunitário".

Costa afirma que para isso ocorra é necessário mudar a forma de ver e agir em relação aos adolescentes: estes precisam ser vistos como parte da solução, não do problema.

É importante a observação do autor de que a participação do adolescente dever ser autêntica e não simbólica.

O autor defende a mudança de perspectiva do educador - não mais apenas o doscente e ministrador de aulas, ele deve ser líder, organizador, animador, facilitador, criador e co-criador de acontecimentos, por meio das quais o adolescente pode ser protagonista.

Ele mostra as etapas de um trabalho com um grupo de adolescentes:
1. Apresentação da situação
2. Proposta de alternativas ou vias de solução
3. Discussão das alternativas de solução apresentadas
4. Tomada de decisão

A seguir o autor mostra uma lista de atitudes que um educador interessado em promover o protagonismo dos adolescentes deve tomar e conclui afirmando que "o fundamental é acreditar sempre no potencial criador e na força transformadora dos jovens".

Devo dizer que li este artigo depois do artigo de Ferretti et ali e isso mais a leitura das credenciais de Costa (sua ação majoritária é em ONGs e órgãos oficiais) me fez concordar com as afirmações de Ferretti et ali quando eles criticam o discurso dele (e dos demais autores analisados) no tocante a homogeneização dos jovens e na falta de visão política.

Um abraço!!

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