sábado, 29 de março de 2008

Resenha de texto de Antonio Carlos Gomes da COSTA. O adolescente como Protagonista Juvenil. Cadernos Juventude (1999).

Em resposta a que tipo de jovens queremos formar,surgiu ao pedagogo Antonio Carlos Gomes da Costa a idéia de protagonismo juvenil- conceito que veio preencher uma lacuna teórico-prática neste campo.

Na verdadeira ação protagônica, o aluno será ator principal no processo de seu desenvolvimento,ampliando seu repertório interativo de forma ativa e construtiva,tanto no contexto escolar quanto no comunitário: “O aluno deve começar a ser visto como solução,e não como problema”, diz o autor.

De forma solidária,o adolescente se envolveria na solução de problemas reais na escola,na comunidade e na sociedade, emergindo como fonte de iniciativa,liberdade e de compromisso: um quadro de participação genuína no contexto escolar ou sócio-comunitário- o do protagonista juvenil.

Para o pedagogo ,a participação(quando sincera)é uma atividade formadora do ser humano,tanto do ponto de vista pessoal como social, e deve ser vivida em todas as etapas de sua evolução.

Quanto ao professor, na vivência desta pedagogia “já não pode limitar-se à docência. Deve atuar como líder,organizador, animador,facilitador e co-criador de acontecimentos, por meio dos quais o educando possa desenvolver uma ação protagônica”. Para que isso se concretize, é muito importante que haja vontade política,por parte do educador, de contribuir para a formação de uma nova sociedade respeitadora dos direitos de cidadania.

Quatro seriam as etapas deste processo: apresentação da situação –problema ;proposta de alternativas;discussão das alternativas e soluções apresentadas e, finalmente,tomada de decisão .

No trabalho com jovens participativos, caberá ao educador: ajudar o grupo identificar soluções e posicionarem-se diante delas;empenhar-se para que o grupo não desanime nem se desvie dos objetivos propostos; fortalecer os vínculos entre os membros do grupo,não o deixando abater-se pelas dificuldades;motivar o grupo a avaliar ,permanentemente, sua atuação.

Este educador terá ,ainda, que ser conhecedor de seus deveres. Entre eles, ter a consciência de que a participação na solução de problemas reais da comunidade é fundamental para o desenvolvimento pessoal e social de um adolescente e conhecer os fundamentos, a dinâmica e a evolução do trabalho com grupos.

Para Costa, “o fundamental é acreditar sempre no potencial criador e na força transformadora dos jovens”.

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